domingo, 18 de novembro de 2007


1. Osteoporose

A osteoporose é um transtorno metabólico caracterizado pela diminuição da densidade óssea, o que aumenta a fragilidade do osso, deixando-o incapaz de resistir aos impactos que sofre no dia a dia. Isso pode fazer com que ocorram fraturas aos mínimos traumas, com conseqüências como as lesões de nervos, deformidades, e dor muito acentuada. Com o aumento na expectativa de vida, a osteoporose vem sendo cada vez mais comum, pois é uma patologia da terceira idade, especialmente das mulheres após a menopausa. As fraturas de coluna estão entre as lesões mais comumente provocadas pela osteoporose. Geralmente estas fraturas podem ser tratadas com remédios para a dor, imobilização, fisioterapia e uso de coletes.


A necessidade de tratamento cirúrgico está restrita às situações muito graves, em que há lesão neurológica, ou dor intratável pelos meios comuns, o que acontece em apenas 0,2% dos casos. Nos últimos anos tem sido utilizada a vertebroplastia percutânea, técnica que recompõe rapidamente a estabilidade mecânica da coluna vertebral e alivia rapidamente a dor, evitando a imobilização prolongada.


Dicas:

A falta de exercício piora a osteoporose, as caminhadas fazem parte do tratamento!
Não basta tomar cálcio, para que o cálcio fique no osso são necessários hormônios e vitamina D.
A exposição ao sol é muito importante, pois aumenta os níveis de vitamina D.
Cálcio em excesso pode trazer problemas - fale com seu médico antes de tomar!
O exame para detectar osteoporose é a densitometria - fale com seu médico!


2. Hérnia de Disco

A palavra hérnia significa deslocamento de algo para fora de seu lugar, na hérnia de disco o que ocorre é um deslocamento do núcleo, a parte interna do disco intervertebral, através de uma ruptura anel, a parte externa, que funciona como capa do disco. Isso pode ser comparado ao que acontece quando a capa de uma almofada se rasga e parte da espuma do recheio sai. Geralmente o fragmento de núcleo que escapa de dentro do disco comprime uma das raízes do nervo ciático, provocando dor forte em uma das pernas, o sintoma conhecido como dor ciática. Na maioria dos casos a hérnia de disco pode ser tratada com medicações para reduzir a dor e a inflamação do nervo, repouso relativo e fisioterapia. A cirur9 esta indicada nos casos em que não há melhora com o tratamento, ou quando o sofrimento da raiz nervosa é muito intenso. Existem vários tipos de técnicas cirúrgicas para o tratamento das hérnias de disco, devendo-se procurar a mais adequada a cada caso.


3. Espondilolistese

É uma deformidade em que uma vértebra desliza sobre outra e provoca um desalinhamento da coluna. Isso pode ocorrer por desgaste das articulações responsáveis pela sustentação, ou por um defeito na parte posterior da vértebra, chamado espondilólise. Este deslizamento ocorre de forma muito lenta, e muitas vezes está estacionado, não é progressivo. As deformidades físicas visíveis acontecem apenas nos casos em que o deslizamento é muito grande, os maiores sintomas costumam ser dor lombar crônica e ciática. O tratamento inicial visa o controle da dor, e consiste de medicação, exercícios e fisioterapia. Como em todas as deformidades, a única maneira do problema ser corrigido é a cirur9, que se reserva para os casos mais graves e para aqueles que os outros tratamentos não funcionaram. Na cirur9 a vértebra que desliza deve ser fixada, e os nervos que estão apertados devem ser liberados. A fixação costuma ser feita com a colocação de implantes metálicos de titâneo (parafusos). Na maioria dos casos não é necessário trazer a vértebra de volta para o lugar, apenas fixá-la de modo a impedir que siga se movendo


4. Escoliose

Escoliose é uma deformidade em que existe uma curvatura lateral da coluna, fazendo com que o corpo fique assimétrico. A escoliose pode ter várias causas, mas o mais comum são as escolioses ditas 'idiopáticas', sem causa definida, que se manifestam ainda na infância ou puberdade.O tratamento depende de cada caso: quando o desvio é pequeno, costuma-se indicar exercícios posturais, nos desvios maiores pode ser necessário o uso de coletes, ou mesmo cirur9 corretiva. A escoliose é uma deformidade anatômica, a única maneira de corrigi-la é por cirur9, os exercícios visam o controle da dor e a manutenção do quadro nos casos em que a deformidade é pequena. Existem vários tipos de cirurgias, com abordagens diferentes, mas, basicamente, a cirur9 consiste em colocar uma ou mais hastes metálicas que restituem o alinhamento e fixam a coluna, reduzindo a deformidade. Como em todas as cirurgias, o resultado varia a cada caso, e quanto mais grave o caso mais difícil o resultado ideal. Em alguns casos há normalização do alinhamento da coluna, na maioria dos casos há melhora, que via de regra é grande, mas sem correção completa


5. Estenose Espinhal

A coluna é uma estrutura móvel, bastante sujeita a traumatismos e a degeneração, que é o processo de desgaste gradual que acompanha o envelhecimento, e pode ser acelerado por fatores individuais. As estruturas da coluna mais vulneráveis à degeneração são os discos e as cartilagens das articulações posteriores, mesmo no processo de envelhecimento normal, os discos tendem a reduzir-se até o colapso, as articulações ficam aumentadas pelo processo de artrose, e os ligamentos engrossam e perdem sua elasticidade e seu poder de estabilizar a coluna. Passa a existir uma hipertrofia (aumento) das estruturas articulares e, ocasionalmente, algum desalinhamento entre as vértebras. Todas essas alterações levam a uma redução gradual do espaço disponível para os elementos nervosos, o que se chama estenose espinhal. Embora seja parte do processo de envelhecimento normal, muitas vezes essa estenose provoca sintomas de compressão dos nervos, como dores nas pernas, diminuição da sensibilidade, e dificuldade para caminhar. A maioria dos casos podem ser tratados clinicamente, mas algumas vezes é necessária uma cirur9 de descompressão ou artrodese da coluna.


6. Discopatia Dolorosa

Embora seja a mais conhecida, a hérnia não é a única patologia do disco intervertebral. Devido a sua função amortecedora, o disco é uma estrutura naturalmente sujeita a desgaste, chamado de degeneração discal. A degeneração do disco não é necessariamente uma doença, de fato, é um acontecimento normal, que faz parte do processo de envelhecimento. Todas as pessoas de 50 anos ou mais, mesmo as que nunca tiveram nenhum problema nas costas, apresentam sinais de degeneração discal. Porém, em um número grande de casos ocorre uma degeneração sintomática, ou seja, a degeneração discal provoca dor e outros sintomas. Diferente da hérnia, na discopatia dolorosa não precisa haver ruptura do disco, sendo mais comum a perda da capacidade de amortecimento pela redução na altura e pelo endurecimento das estruturas discais. Por isso, a dor ciática, irradiando-se para a perna, não é tão freqüente, sendo mais comum a dor na região lombar, de caráter incomodativo, mas podendo evoluir com crises de dor bastante intensa, e geralmente durando bastante tempo. O diagnóstico e tratamento das discopatias dolorosas é motivo de controvérsia, mas, atualmente, vem-se indicando cada vez mais o tratamento cirúrgico nos casos em que as medicações e fisioterapia não tem bom resultado. Diferente da hérnia, na cirur9 da discopatia dolorosa o objetivo maior não é descomprimir o nervo, e sim reconstituir o espaço discal, com ténicas de artrodese ou artroplastia.

8. Trauma

As lesões da coluna por traumatismo são relativamente comuns, principalmente nos casos de acidentes de trânsito e quedas de altura. Podem ocorrer vários tipos de fraturas e deslocamentos, ocasionalmente com conseqüências graves, como a lesão do tecido nervoso, provocando paralisias. Muitas lesões podem ser tratadas com repouso ou uso de coletes, sem necessidade de cirur9, ficando esta reservada para os casos em que há uma instabilidade da coluna. Geralmente as lesões da parte óssea e dos ligamentos da coluna podem ser resolvidas com graus de seqüela razoáveis, sendo o maior problema a lesão das estruturas nervosas, que pode produzir incapacidade grave e irreversível.


9. Tumores

A coluna pode ser afetada por tumores benignos ou malignos, próprios ou disseminados de outros órgãos comprometidos. Os sintomas mais comuns são dor nas costas, geralmente muito forte, localizada, e de surgimento recente, fraqueza ou adormecimento nos membros, dificuldades para urinar, e emagrecimento. O tratamento dos tumores varia muito conforme o tipo, localização, e grau de disseminação da doença, havendo vários que são passíveis de cura.

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